Percepção dos profissionais para implantação do teste rápido para HIV e sífilis na Rede Cegonha

Authors

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v10i3.555

Keywords:

HIV/AIDS, teste rápido de HIV, aconselhamento, gestantes

Abstract

O artigo investiga a avaliação dos profissionais da Atenção Primária (AP) sobre a implantação do aconselhamento e do teste rápido de HIV e Sífilis na Rede Cegonha (RC). Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, no qual foram realizadas 13 entrevistas semiestruturadas com profissionais da AP, analisadas a partir da análise temática. Os resultados apontam a falta de conhecimento dos profissionais em relação às inovações da RC na AP. Os profissionais receberam capacitações referentes à testagem rápida, porém o matriciamento foi considerado inexistente. A solicitação do teste rápido das gestantes é realizada de forma compulsória. O aconselhamento, quando presente, é restrito ao pré-teste de HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), tendo caráter informativo, desconsiderando as especificidades da gestação. Indica-se a necessidade de se refletir sobre a autonomia das mulheres durante o pré-natal e o aconselhamento, espaço este que pode ser repensado como um momento de fortalecimento e acolhimento.

Author Biographies

Rejane Rosaria Grecco dos Santos, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Doutora em Pediatria e Saúde da Criança da  Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e professora do curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). 

Isadora Freire, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Bolsista de iniciação científica e estudante de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Adolfo Pizzinato, Professor no Departamento de Psicologia do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da (UFRGS).

Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Kátia Bones Rocha, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

References

Araújo, M. A. L, Vieira, N. F. C., & Araújo, C. L. F. (2009). Aconselhamento coletivo pré-teste anti-hiv no pré-natal: Uma análise sob a ótica dos profissionais de saúde. Revista Baiana de Saúde Pública, 33(2), 122-135.

Araújo, M. A. L, Vieira, N. F. C., & Galvão, M. T. G. (2011). Aconselhamento pré e pós-teste anti HIV em gestantes em Fortaleza, Ceará. Revista Espaço para a Saúde, 12(2), 18-27.

Brasil. (1998). Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Aconselhamento em DST, HIV e AIDS: Diretrizes e procedimentos básicos (2a ed.). Brasília, DF: Ministério da Saúde. 21p.

Brasil. (2003). Ministério da Saúde. Aconselhamento em DST/HIV/AIDS para a Atenção Básica. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 30p. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_simplificado.pdf

Brasil. (2011). Ministério da Saúde. Portaria n. 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS – a Rede Cegonha.Brasília, DF: Ministério da Saúde.

Brasil. (2012). Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Realização do Teste Rápido para HIV e Sífilis na Atenção Básica e Aconselhamento em DST/AIDS no âmbito da Rede Cegonha. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 100p.

Brasil. (2013). Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica: Saúde sexual e saúde reprodutiva n. 26.. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 300p.

Brasil. (2016). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico: AIDS e DST. Brasília, DF: Ministério da Saúde. 64p.

Braun, V., & Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, 3, 77-101.

Camacho, K. G., Vargens, O. M. C., & Progianti, J. M. (2010). Adaptando-se à nova realidade: A mulher grávida e o exercício de sua sexualidade. Revista de Enfermagem UERJ, 18(1), 32-37.

Campos, G. W. S., & Domitti, A. C. (2007). Apoio matricial e equipe de referência: Uma metodologia para a gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cadernos de Saúde Pública, 23(2), 399-407.

Carvalho, F. T., Both, N. S., Alnoch, E. M., Conz, J., & Rocha, K. B. (2016). Counseling in STD/HIV/AIDS in the context of rapid test: Perception of users and health professionals at counseling and testing centre in Porto Alegre. Journal of Health Psychology, 21, 379-389.

Cavalcanti, P. C. S., Gurgel, J. G. D., Vasconcelos, A. L. R., & Guerrero, A. V. P. (2013). Um modelo lógico da Rede Cegonha. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 23(4), 1297-1316.

Couto, M. T., Pinheiro, T. F., Valença, O., Machin, R., Silva, G. S. N., Gomes, R., Schraiber, L. B., & Figueiredo, W. S. (2010) O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in) visibilidade a partir da perspectiva de gênero. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 14(33), 257-270.

Diniz, D., & Guilhem, D. (2009). Bioética feminista: O resgate político do conceito de vulnerabilidade. Revista Bioética, 7(2), 182-188.

Fonseca, P. D. L., & Iriart, J. A. B. (2012). Aconselhamento em DST/AIDS às gestantes que realizaram o teste anti-HIV na admissão para o parto: Os sentidos de uma prática. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 16(41), 395-407.

Passos, S. C. S, Oliveira, M. I. C, Gomes Junior, S. C. S., & Silva, K. S. (2013). Aconselhamento sobre o teste rápido anti-HIV em parturientes. Revista Brasileira de Epidemiologia, 16(2), 278-287.

Rocha, K. B, Santos, R. R. G, Conz, J., & Silveira, A. C. T. (2016). Transversalizando a rede: O matriciamento na descentralização do aconselhamento e teste rápido para HIV, sífilis e hepatites. Saúde em Debate, 40(109), 22-33.

Seoane, A. F., & Fortes, P. A. C. (2009). A percepção do usuário do Programa Saúde da Família sobre a privacidade e a confidencialidade de suas informações. Revista Saúde e Sociedade, 18(1), 42-49.

Silva, F. C. B., & Brito, R. S. (2010). Percepção de gestantes acerca das atitudes do companheiro diante da sua ausência no pré-natal. Rev. Rene, 11(3), 95-102.

Silva, O., Guilhem, D., & Bampi, L. N. S. (2012). Trinta minutos que mudam a vida: Teste Rápido Anti-HIV Diagnóstico para parturientes e acesso ao pré-natal. Enfermagem em Foco, 3(4), 211-215.

Souza, M. C. M., & Freitas, M. I. D. F. (2012). Aconselhamento em HIV/AIDS: representações dos profissionais que atuam na atenção primária à saúde. Revista Mineira de Enfermagem, 16(1), 18-24.

Viana, D. F., Barrêto, A. J. R., Fonseca, E. N. R., Costa, C. B. A., & Soares, M. J. G. O. (2013). Vivência da sexualidade feminina no período gestacional: À luz da história oral temática. Ciência, Cuidado e Saúde, 12(1), 88-95.

Zambenedetti, G., & Both, N. S. (2013). A via que facilita é a mesma que dificulta: Estigma e atenção em HIV-Aids na estratégia saúde da família – ESF. Fractal: Revista de Psicologia, 25(1), 41-58.

Published

2018-10-15

How to Cite

Grecco dos Santos, R. R., Freire, I., Pizzinato, A., & Rocha, K. B. (2018). Percepção dos profissionais para implantação do teste rápido para HIV e sífilis na Rede Cegonha. Revista Psicologia E Saúde, 10(3), 17–29. https://doi.org/10.20435/pssa.v10i3.555

Issue

Section

Articles