Percepções de Aspectos Psicossociais no Cuidado em Saúde de Adolescente com Obesidade Grave
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v11i3.596Palabras clave:
adolescência, obesidade, aspectos psicossociais, percepção, atenção primária em saúdeResumen
O objetivo deste estudo foi desvelar percepções de aspectos psicossociais no cuidado de adolescentes com obesidade grave na atenção básica. Trata-se de um estudo qualitativo – descritivo que utilizou a entrevista com roteiro semiestruturado para coleta de dados. Os dados foram processados e analisados através de análise temática de conteúdo. Foram entrevistados seis profissionais de saúde, cinco adolescentes com obesidade grave e seis familiares de adolescentes com obesidade grave. Foram identificadas três categorias temáticas: concepção de obesidade, concepção de cuidado e obesidade na vida. Os dados encontrados evidenciaram que a concepção de obesidade dos profissionais de saúde, adolescentes e familiares é multifatorial, incluindo os fatores genéticos e orgânicos, o modo de vida contemporâneo e os aspectos psicológicos. A concepção de cuidado envolveu dieta, atividade física e cirurgia bariátrica. Nessa perspectiva foram realizadas reflexões acerca das políticas públicas de nutrição, saúde mental e saúde do adolescente permeadas pela proposta emergente da integralidade em saúde.
Citas
Alves, I. F., & Laguardia, N. (2010). Obesidade: Um expressar silencioso na clínica psicanalítica. Revista de Psicologia, 1(25).
Ayres, J. R. C. M. (2004). O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde. Saúde e Sociedade, 13(3), 16-29.
Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo (4a ed. rev. e atual.). Lisboa: Edições 70.
Brasil. Ministério da Saúde. (2006a). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Obesidade. Cadernos de atenção básica, 12.
Brasil, Ministério da Saúde (2010). Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília, DF.
Brasil, Ministério da Saúde. (2012). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Série B, Textos Básicos de Saúde, Brasília, DF.
Brasil, Ministério da Saúde. (2013). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica Saúde mental. Cadernos de Atenção Básica, (34.
Brasil. Ministério da Saúde. (2014a). Organização Pan-Americana da Saúde. Perspectivas e desafios no cuidado às pessoas com obesidade no SUS: Resultados do Laboratório de Inovação no manejo da obesidade nas Redes de Atenção à Saúde. Serie Técnica Redes Integradas de Atenção à Saúde, 10.
Brasil, Ministério da Saúde. (2014b). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira (2a ed.). Brasília, DF.
Brasil, Ministério da Saúde (2014c). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: Obesidade. Cadernos de Atenção Básica, 38.
Burd, M. (2010). Obesidade e família. In J. de Mello Filho, & M. Burd (orgs.), Doença e família (2a ed., Cap. 17, pp. 299-310). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Carneiro, H. S. (2005). Comida e sociedade: Significados sociais na história da alimentação. História: Questões & Debates, 42(1), 71-80.
Conejo, S. P. (2009). Homem e obesidade-excesso e faltas: Corpos que contam histórias. (Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP).
Dornelles, A. D., Anton, M. C., & Pizzinato, A. (2014). O papel da sociedade e da família na assistência ao sobrepeso e à obesidade infantil: Percepção de trabalhadores da saúde em diferentes níveis de atenção. Saúde e Sociedade, 23(4), 1275-1287.
França S. L. G., Sahade V., Nunes M., Adan, L. F. (2013). Adherence to nutritional therapy in obese adolescents: A review. Nutrición Hospitalaria, 28(4), 988-998.
Grejanin, D. K. M., Pezzo, T. H., Nastri, V., Sanches, V. P. P., Nascimento, D. D. G., & Quevedo, M. P. (2007). As percepções sobre o "ser obeso" sob a ótica do paciente e dos profissionais da saúde. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 17(3), 37-47.
Kaufman, A. (2012, dez.). Alimento e emoção. Abeso, 60, 7-11. Disponível em http://www.abeso.org.br/pdf/revista60/alimento_emocao.pdf
Loli, M. S. A. (2000). A obesidade como sintoma: Uma leitura psicanalítica. São Paulo: Vetor.
Mattos, R. (2012). Sobrevivendo ao estigma da gordura. São Paulo: Vetor.
Mendes, E. V. (2012). O cuidado das condições crônicas na Atenção Básica à Saúde: O imperativo da consolidação da Estratégia da Saúde da Família. Brasília: Organização Pan-americana da Saúde - Representação Brasil.
Menin, M., Paschoarelli, L. C., & Silva, J. C. P. (2011). Parâmetros antropométricos para o design de produtos destinados à acessibilidade de obesos. Revista Brasileira de Biometria, 29(4), 673-687.
Nunes, J., & Pelizzoli, M. L. (2011). O fenômeno da saúde - O cuidado à luz da hermenêutica filosófica. In M. L. Pelizzoli (org.). Saúde em novo paradigma. Recife: EDUFPE.
Rodrigues, E. M., & Boog, M. C. F. (2006). Problematização como estratégia de educação nutricional com adolescentes obesos. Cadernos de Saúde Pública, 22(5), 923-931.
Schoen-Ferreira, T. H., Aznar-Farias, M., & Silvares, E. F. M. (2010, jun.). Adolescência através dos séculos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(2), 227-234. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n2/a04v26n2.pdf
Segal, A., Cardeal, M. V., & Cordas, T. A. (2002). Aspectos psicossociais e psiquiátricos da obesidade. Revista de Psiquiatria Clínica, 29(2), 81-89.
Simão, V. M., & Mioto, R. C. T. (2016, mar.). O cuidado paliativo e domiciliar em países da América Latina. Saúde em Debate, 40(108), 156-169. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-11042016000100156&script=sci_abstract&tlng=pt
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.