Sobre Práticas de Medicalização e “Loucura”: Algumas Reflexões (In)disciplinadas
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v12i1.747Palabras clave:
medicalização, processos de subjetivação, saúde mentalResumen
Este artigo traz diálogos e questionamentos produzidos a partir de diferentes encontros e em diferentes momentos da atuação acadêmica dos autores. Para fins de análise, tomamos a experiência da loucura e dos processos de medicalização como um dispositivo de normalização da vida e nos baseamos em duas imagens-cena, uma etnográfica e outra cinematográfica, em face de nossa atuação como docentes nos Cursos de Ciências Sociais e Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Ao longo de nosso percurso experimental, autores como Foucault, Deleuze e Guattari, pensadores da Reforma Psiquiátrica brasileira, da Subjetividade e do campo da Saúde Coletiva, serão os nossos inspiradores.
Citas
Amarante, P. (Coord.). (1995). Loucos pela vida: A trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Andrade, A. P. M., & Maluf, S. W. (2016). Sujeitos e(m) experiências: Estratégias micropolíticas no contexto da reforma psiquiátrica no Brasil. Physis Revista de Saúde Coletiva, 26(1), 251-270.
Carvalho, A., & Amarante, P. (2000). Forças, diferença e loucura: Pensando para além do princípio da clínica. In P. Amarante (Org.), Ensaios: Subjetividade, saúde mental, sociedade [on-line]. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Dantas, J. B. (2016). O consumo de saúde e felicidade: Uma discussão sobre o fenômeno da medicalização no contemporâneo. In C. G. de Mario (Org.), A contribuição das ciências sociais ao campo da saúde. Jundiaí, SP: Paco Editorial.
Deleuze, G. (1976). Nietzsche e Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Rio.
Deleuze, G. (1988). Foucault. São Paulo: Brasiliense.
Deleuze, G. (1992). Conversações. São Paulo: Ed. 34.
Deleuze, G. (1997). Crítica e clínica. São Paulo: Ed. 34.
Deleuze, G. (2002). Espinosa: Filosofia prática. São Paulo: Escuta.
Deleuze, G., & Guattari, F. (1996). Mil Platôs – Capitalismo e esquizofrenia (Vol. 3). Rio de Janeiro: Ed. 34.
Dunker, C. I. L. (2014). Questões entre a psicanálise e o DSM. Jornal de Psicanálise, 47(87), 79-107.
Foucault, M. (1995). O sujeito e o poder. In P. Rabinow, & H. Dreyfus, Michel Foucault: Uma trajetória filosófica para além do estruturalismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (1996). A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau.
Foucault, M. (2001). Os anormais. São Paulo: Martins Fontes.
Foucault, M. (2005). História da loucura: Na Idade Clássica. São Paulo: Perspectiva.
Frayze-Pereira, J. (1984). O que é loucura. 3a ed. São Paulo: Brasiliense.
Guattari, F. (1990). As três ecologias. Campinas, SP: Papirus.
Langdon, E. J. (1994). Representações de doença e itinerário terapêutico dos Siona da Amazônia colombiana. In R. V. Santos, & C. E. A. Coimbra Jr. (Orgs.), Saúde e povos indígenas. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Langdon, E. J. (2005). A doença como experiência: A construção da doença e seu desafio para a prática médica. In R. G. Baruzzi, & C. Junqueira (Orgs.), Parque Indígena do Xingu: Saúde, cultura e história. São Paulo: Terra Virgem.
Martins, L. C., & Alfiero, R. (Diretores). (2014). Loucossão [Documentário]. Manaus, AM: ProArte/Secretaria de Estado de Cultura. 23 min. Português, Color, Formato: Digital.
Melià, B. (1989). A experiência religiosa guarani. In M. Marzal et al. O rosto índio de Deus. São Paulo: Vozes.
Mol, A. M. (2008). Política ontológica: Algumas ideias e várias perguntas. In J. A. Nunes, & R. Roque (Eds.), Objectos impuros: Experiências em estudos sociais da ciência. Porto, Portugal: Edições Afrontamento.
Muylaert, M. (2000). Intermezzo: Mestiçagem nos encontros clínicos (Tese de Doutorado em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo).
Pelbart, P. P. (1991). Manicômio mental – A outra face da clausura. In A. Lancetti (Org.), SaúdeLoucura 2. São Paulo: Hucitec.
Pereira, L. M. (2004). Imagens Kaiowá do sistema social e seu entorno (Tese de Doutorado em Antropologia Social, Universidade de São Paulo).
Russo, J., & Venâncio, A. T. A. (2006). Classificando as pessoas e suas perturbações: A “revolução terminológica” do DSM III. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 9(3), 460-483.
Sarti, C. (2010). Corpo e doença no trânsito de saberes. RBCS, 25(74), 77-91.
Seraguza, L. (2013). Cosmos, corpos e mulheres kaiowá e guarani de anã à kuña (Dissertação de Mestrado em Antropologia Sociocultural, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS).
Silveira, M. L. (2000). O nervo cala, o nervo fala: A linguagem da doença. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Tesser, C. D. (2006). Medicalização social (I): O excessivo sucesso do epistemicídio moderno na saúde. Interface − Comunicação, Saúde, Educação, 10(19), 61-76.
Yasui, S. (2010). Rupturas e encontros: Desafios da reforma psiquiátrica brasileira. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.