Perfil de Puérperas e Satisfação com Assistência em Saúde Materno-Infantil
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v14i1.1379Palavras-chave:
saúde materno-infantil, gestação, parturiente, satisfação, Rede de atenção à saúdeResumo
Introdução: A qualidade dos cuidados relativos à gestação, ao parto e ao puerpério contribui para a saúde materno-infantil. Métodos: Estudo quantitativo, exploratório e transversal, levantou o perfil de 87 puérperas e avaliou o grau de satisfação com a assistência gravídico-puerperal. Resultados: As puérperas tinham entre 20 e 29 anos (47,1%), companheiro(a) (90,8%), ensino médio completo (32,2%) e atividade profissional (42,5%). A maioria teve até duas gestações (63,2%), sendo 40,2% a taxa de cesariana no último parto. Discussões: Constatou-se maior satisfação quanto ao atendimento recebido na internação em comparação ao pré-natal, o que se relacionou à presença de acompanhante no parto e ao contato permanente com o recém-nascido. Informações sobre amamentação foram avaliadas como muito satisfatórias, enquanto a maior insatisfação relacionou-se à falta de espaço para relatar sentimentos e preocupações nas consultas pré-natais. Conclusões: Esses achados indicam a importância de abordar os aspectos emocionais e relacionais no acompanhamento pré-natal e ao nascimento.
Referências
Almeida, M. S. A., & Silva, I. A. (2008). Necessidades de mulheres no puerpério imediato em uma maternidade pública de Salvador, Bahia, Brasil. Revista Escola Enfermagem USP, 42(2), 347-354. https://doi.org/10.1590/S0080-62342008000200019
Almeida, N. A. M., Medeiros, M., & Souza, M. R. (2012). Perspectivas de dor do parto normal de primigestas no período pré-natal. Texto & Contexto − Enfermagem, 21(4), 819-827. https://doi.org/10.1590/S0104-07072012000400012
Arrais, A. R., & Araujo, T. C. C. F. (2016). Pré-Natal Psicológico: Perspectivas para atuação do psicólogo em Saúde Materna no Brasil. Revista da SBPH, 19(1), 103-116. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582016000100007&lng=pt&tlng=pt
Benincasa, M., Freitas, V. B., Romagnolo, A. N., Januário, B. S., & Heleno, M. G. V. (2019). O pré-natal psicológico como um modelo de assistência durante a gestação. Revista da SBPH, 22(1), 238-257. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582019000100013&lng=pt&tlng=pt
Bosi, M. L. M., & Machado, M. T. (2005). Amamentação: Um resgate histórico. Cadernos Escola de Saúde Pública do Ceará, 1(1), on-line. http://www.esp.ce.gov.br/cadernosesp/index.php/cadernosesp/article/view/4/2
Bruschini, C., & Lombardi, M. R. (2001). Instruídas e trabalhadeiras: Trabalho feminino no final do século XX. Cadernos Pagu, 17/18, 157-196. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-83332002000100007
Caminha, M. de F. C., Cruz, R. de S. B. L. C., Acioly, V. M. C. de, Nascimento, R. R. do, Azevedo, P. T. A. C.C de, Lira, P. I. C. de, & Batista, M. F. (2015). Fatores de risco para a não amamentação: Um estudo caso-controle. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 15(2), 193-199. https://doi.org/10.1590/S1519-38292015000200005
Carvalho, R. L. de, & Wong, L. R. (2008). Projetando o número de filhos sobreviventes das idosas brasileiras entre 2000 e 2025. Anais do Décimo Sexto Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP. Caxambu. http://www.abep.org.br/~abeporgb/publicacoes/index.php/anais/article/viewFile/1879/1837
Castro, K. F. de, Souto, C. M. R. M. de, Rigão, T. V. de C., Garcia, T. R., Bustorff, L. A. C. V., & Braga, V. A. B. (2009). Intercorrências mamárias relacionadas à lactação: Estudo envolvendo puérperas de uma maternidade pública de João Pessoa-PB. O Mundo da Saúde, 33(4), 433-439.
Catafesta, F., Zagonel, I. P. S., Martins, M., & Venturi, K. K. (2009). A amamentação na transição puerperal: O desvelamento pelo método de pesquisa-cuidado. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 13(3), 609-616. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452009000300022
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. (2016). Diretrizes de Atenção à Gestante: A operação cesariana. Relatório de Recomendação n. 179. http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2016/Relatorio_Diretrizes-Cesariana_final.pdf
Esteves, C. M., Sonego, J. C., Vivian, A. G., Lopes, R. de C. S., & Piccinini, C. A. (2013). A gestação do segundo filho: Sentimentos e expectativas da mãe. Psico, 44(4), 542-551.
Grzybowski, L. S., & Levandowski, D. C. (2015). Caracterização da população e intervenção no contexto da GNEB/POA. Ficha de dados sociodemográficos – puérperas e avaliação dos serviços de atenção à saúde materno-infantil. UFCSPA, PET, Rede de atenção à saúde materno-infantil.
Guimarães, N. M., Freitas, V. C. S., Senzi, C. G., Gil, G. T., Lima, L. D. S. C., & Frias, D. F. R. (2021). Partos no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro: Prevalência e perfil das parturientes. Brazilian Journal of Development, 7(2), 11942-11958. http://dx.doi.org/10.34117/bjdv7n2-019
Hotimsky, S. N., Rattner, D., Venancio, S. I., Bógus, C. M., & Miranda, M. M. (2002). O parto como eu vejo... ou como eu o desejo? Expectativas de gestantes, usuárias do SUS, acerca do parto e da assistência obstétrica. Cadernos de Saúde Pública, 18(5), 1303-1311.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010a). Estatísticas de Gênero. Indicadores de População Economicamente Ativa. IBGE. https://www.ibge.gov.br/apps/snig/v1/?loc=0,4U,431490&cat=128,-1,1,2,-2,-3&ind=4726
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010b). CONCLA − Comissão Nacional de Classificação: Nupcialidade e fecundidade. IBGE. https://cnae.ibge.gov.br/en/component/content/article/95-7a12/7a12-vamos-conhecer-o-brasil/nosso-povo/1472-nupcialidade-e-fecundidade.html?Itemid=6160
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. (2016). Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres. Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf
Leal, M. do C., Esteves-Pereira, A. P., Viellas, E. F., Domingues, R. M. S. M., & Gama, S. G. N. da. (2020). Prenatal care in the Brazilian public health services. Revista de Saúde Pública, 54(8), 1-12. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054001458
Leal, N. P., Versiani, M. H., Leal, M. do C.; & Santos, Y. R. P. (2021). Práticas sociais do parto e do nascer no Brasil: A fala das puérperas. Ciência & Saúde Coletiva, 26(3): 941-950. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232021263.13662020
Mandarino, N. R., Chein, M. B. da C., Monteiro, F. das C., Jr, Brito, L. M. O., Lamy, Z. C., Nina, V. J. da S., Mochel, I. G.; & Figueiredo, J. A. de Neto. (2009). Aspectos relacionados à escolha do tipo de parto: um estudo comparativo entre uma maternidade pública e outra privada, em São Luís, Maranhão, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 25(7), 1587-1596.
Matos, T. A., Souza, M. S. de, Santos, E. K. A. dos, Velho, M. B.; Seibert, E. R. C., & Martins, N. M. (2010). Contato precoce pele a pele entre mãe e filho: Significado para mães e contribuições para a enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, 63(6), 998-1004. http://www.redalyc.org/pdf/2670/267019463020.pdf
Medrado, A. M. S., Oliveira, C. C. C., Martins, C. R. M., Souza, E. C., Brito, E. C. C., Pereira, E. C. T., Santos, L. F., & Evangelista, D. R. (2021). Análise do histórico obstétrico e acompanhamento do pré-natal da gestação atual em puérperas em uma maternidade do Tocantins. Revista Amazônia: Science & Health, 9(3), 92-105. http://www.ojs.unirg.edu.br/index.php/2/article/view/3514/1811
Melchiori, L. E.; Maia, A. C. B., Bredariolli, R. N., & Hory, R. I. (2009). Preferência de gestantes pelo parto normal ou cesariano. Interação em Psicologia, 13(1), 13-23.
Mello, J. L. e, Camarano, A. A., & Kanso, S. (2010). Famílias brasileiras: Mudanças e continuidade. Anais do Décimo Sétimo Encontro Nacional de Estudos Populacionais. ABEP, Caxambu. http://www.abep.org.br/publicacoes/index.php/anais/article/viewFile/2437/2392
Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016. (2017, 8 Março). Recomendações do Ministério da Saúde para regulamentar a participação do homem em programa ou atividade de orientação sobre paternidade em relação ao Marco Legal da Primeira Infância. Nota Técnica Conjunta Informativa. Ministério da Saúde. http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/10/Nota-tecnica-conjunta-consolidada-marco-legal-portal.pdf
Nunes, J. T., Gomes, K. R. O., Rodrigues, M. T. P., & Mascarenhas, M. D. M. (2016). Qualidade da assistência pré-natal no Brasil: Revisão de artigos publicados de 2005 a 2015. Cadernos de Saúde Coletiva, 24(2), 252-261.
Oliveira, E. M. F. de, & Brito, R. S. de. (2009) Ações de cuidado desempenhadas pelo pai no puerpério. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 13(3), 595-601. http://www.redalyc.org/pdf/1277/127715325020.pdf
Oliveira, L. C., Reis, T. B., Paiva, E. M. C., Calheiros, A. P., Freitas, P. S., Carneiro, P. A. P., Leite, E. P. R. C., & Carneiro, C. A. P. (2021). Percepções de puérperas sobre a assistência pré-natal prestada por enfermeiras residentes em Enfermagem obstétrica. Brazilian Journal of Development, 7(9), 93902-93912. https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/36650/pdf
Organización Mundial de la Salud (2015a). Declaración de la OMS sobre tasas de cesárea. http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/161444/1/WHO_RHR_15.02_spa.pdf?ua=1
Organización Mundial de la Salud (2015b). Recomendaciones de la OMS para la conducción del trabajo de parto. WHO. http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/179906/1/9789243507361_spa.pdf?ua=1
Paiz, J. C., Ziegelmann, P. K., Martins, A. C. M., Giugliani, E. R. J., & Giugliani, C. (2021). Fatores associados à satisfação das mulheres com a atenção pré-natal em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 26(8), 3041-3051. https://doi.org/10.1590/1413-81232021268.15302020
Pasche, D. F., Vilela, M. E. de A., & Martins, C. P. (2010). Humanização da atenção ao parto e nascimento no Brasil: Pressupostos para uma nova ética na gestão e no cuidado. Revista Tempus Actas Saúde Coletiva., 4(4), 105-117.
Portaria nº 1.459, de 24 de Junho de 2011. (2011, 24 Junho). Institui no âmbito do Sistema Único de Saúde − SUS − a Rede Cegonha. Diário Oficial da União, 27 de junho de 2011. Sec. 1: 109-111. Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html
Rattner, D, & Moura, E. C. de (2016). Nascimentos no Brasil: Associação do tipo de parto com variáveis temporais e sociodemográficas. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 16(1), 39-47.
Resolução nº 466, de 12 de Dezembro de 2012. (2012, 12 Dezembro). Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, 112, 13 de junho de 2013, Sec.1: 59-62. Conselho Nacional de Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html
Resolução nº 42, de 13 de Dezembro de 2018. (2018, 13 Dezembro). Aprova as diretrizes e estratégias para elaboração do plano de enfrentamento da Mortalidade Materna e na Infância, no contexto da agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 249. 28 de dezembro de 2018. Sec.1: 416. Ministério da Saúde. https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-42-de-13-de-dezembro-de-2018-57217765
Rodrigues, D. P., Guerreiro, E. M., Ferreira, M. de A., Queiroz, A. B. A., Barbosa, D. F. da C., & Fialho, A. V. de M. (2013). Representações sociais de mulheres sobre gravidez, puerpério e ações educativas. Online Brazilian Journal of Nursing, 12(4), 911-922. http://www.objnursing.uff.br/index.php/nursing/article/download/4287/pdf_19
Rudey, E. L., Leal, M., & Rego, G. (2020). Cesarean section rates in Brazil: Trend analysis using the Robson classification system. Medicine, 99(17), e19880. https://doi.org/10.1097/MD.0000000000019880
Santos, J. O., Tambellini, C. A., & Oliveira, S. M. J. V. (2011). Presença do acompanhante durante o processo de parturição. Revista Mineira de Enfermagem, 15(3), 453-458.
Sarmento, R., & Setúbal, M. S. V. (2003). Abordagem psicológica em Obstetrícia: Aspectos emocionais da gravidez, parto e puerpério. Revista de Ciências Médicas (Campinas), 12(3), 261-268.
Secretaria de Atenção à Saúde. (2015). Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no Sistema Único de Saúde: Manual de implementação. Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategia_nacional_promocao_aleitamento_materno.pdf
Secretaria de Vigilância em Saúde. (2019). SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Ministério da Saúde. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvuf.def
Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre. (2014). Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Relatório 2014 Geral: Informações referentes ao número de nascidos vivos em Porto Alegre, variáveis maternas, do parto e do recém-nascido. http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/ev_sinasc_2014_relat_geral.pdf
Souza, A. B. Q., & Fernandes, B. M. (2014). Diretriz para assistência de enfermagem: Ferramenta eficaz para a promoção da saúde no puerpério. Revista Rene, 15(4), 594-604. http://repositorio.ufc.br/ri/bitstream/riufc/11269/1/2014_art_abqsouza.pdf
Souza, C. M., Ferreira, C. B., Barbosa, N. R., & Marques, J. F. (2013). Equipe de Enfermagem e os dispositivos de cuidado no trabalho de parto: Enfoque na humanização. Journal of Research Fundamental Care Online, 5(4), 743-754. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2013v5n4p743
Strapasson, M. R., & Nedel, M. N. B. (2010). Puerpério imediato: Desvendando o significado da maternidade. Revista Gaúcha de Enfermagem, 31(3), 521-528.
Vaz, T. H., & Pivatto, L. F. (2014). Avaliação da presença do acompanhante no parto e puerpério em maternidade pública. Cogitare Enfermagem, 19(3), 545-552. http://www.redalyc.org/pdf/4836/483647662016.pdf
Viellas, E. F., Domingues, R. M. S. M., Dias, M. A. B., Gama, S. G. N. da, Theme, M. M., F, Costa, J. V. da, Bastos, M. H., & Leal, M. do C. (2014). Assistência pré-natal no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 30(Sup), S85-S100.
Wazlawik, M. R. F., & Sarturi, F. (2012). Uma revisão sobre os problemas emocionais e as orientações e intervenções em saúde mental na assistência pré-natal. Saúde (Santa Maria), 38(1), 31-46. http://dx.doi.org/10.5902/223658343966.
Publicado
Versões
- 2022-06-14 (2)
- 2022-06-09 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.