“Não Tenho Filhos e Não Quero”: Questões Subjetivas Implicadas na Opção pela Não Maternidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v14i3.1949

Palavras-chave:

maternidade, mulher, não maternidade, gênero

Resumo

A não maternidade tem se tornado uma opção crescente no Brasil, onde atualmente 37% das mulheres encontram-se nesse grupo. Este artigo teve como objetivo levantar quais aspectos subjetivos estão envolvidos nessa opção. Tratou-se de pesquisa qualitativa, na qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dez mulheres, convocadas a partir da técnica “Bola de Neve” (Snowball Sample), sendo cinco brancas e cinco negras, de diversas orientações sexuais e classes sociais, sem problemas de fertilidade e que escolheram não ter filhos. As entrevistas foram submetidas à Análise de Conteúdo (Bardin, 1977) e foram elencadas quatro categorias. Os resultados apontam que essas mulheres percebem a maternidade como um lugar de grande exigência social e forte renúncia dos projetos pessoais, para além de projetos profissionais. O não desejo de maternidade é ainda estigmatizado socialmente, e as maiores cobranças pela maternidade são feitas a mulheres heterossexuais. Novos estudos a partir da perspectiva de gênero são recomendados.

 

Biografia do Autor

Daniele Fontoura da Silva Leal, Universidade de Brasília (UnB)

Mestre e Doutoranda em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília, com bolsa pelo CNPq. Psicóloga Clínica pela Universidade de Brasília.

Valeska Zanello, Universidade de Brasília (UnB)

Doutora em Psicologia pela Universidade de Brasília, com período sanduíche na Université Catholique de Louvain/Bélgica. Professora associada 2 do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB).

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Publicado

2023-02-27

Como Citar

Leal, D. F. da S. ., & Zanello, V. (2023). “Não Tenho Filhos e Não Quero”: Questões Subjetivas Implicadas na Opção pela Não Maternidade. Revista Psicologia E Saúde, 14(3), 77–92. https://doi.org/10.20435/pssa.v14i3.1949

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Artigos