Oficina Expressiva em centro de Atenção Psicossocial: Relato de Experiência de Estágio

Authors

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v0i0.677

Keywords:

oficinas expressivas, atenção psicossocial, reforma psiquiátrica

Abstract

O objetivo deste artigo é apresentar o relato de experiência da implementação de uma oficina expressiva em dois centros de atenção psicossocial a partir de um estágio profissionalizante em Psicologia. As oficinas integram atualmente o rol das atividades realizadas pelos Centros de Atenção Psicossociale podem ser classificadas como expressivas, de geração de renda e de leitura. Para a composição deste artigo, foram analisados os registros efetuados por quatro estagiários de Psicologia, sob a forma de diário de campo, ao longo de um semestre de estágio desenvolvido no ano de 2015. Cada dupla de estagiários coordenou uma oficina de argila em um Centro de Atenção Psicossocial. O espaço livre da oficina permitiu a construção de vínculo entre estagiários e usuários, o resgate de histórias de vida e a valorização da singularidade do usuário, além de contribuir para a formação profissional. 

Author Biographies

Amanda Borba Ramos Silva, Universidade Federal de Uberlândia, Campus Umuarama, Uberlândia, Minas Gerais

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia.

Stephannie Assenheimer, Universidade Federal de Uberlândia, Campus Umuarama, Uberlândia, Minas Gerais

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia.

Ana Laura Pires Rodovalho, Universidade Federal de Uberlândia, Campus Umuarama, Uberlândia, Minas Gerais

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia.

Taís Xavier Rigobello, Universidade Federal de Uberlândia, Campus Umuarama, Uberlândia, Minas Gerais

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia.

Rafael Camilo Gonçalves, Universidade Federal de Uberlândia, Campus Umuarama, Uberlândia, Minas Gerais

Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia, Mestrando no curso de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia

Renata Fabiana Pegoraro, Universidade Federal de Uberlândia, Campus Umuarama, Uberlândia, Minas Gerais

Doutora em Psicologia pela USP/ Ribeirão, Mestre em Psicologia pela USP/Ribeirão, Especialista em Saúde Coletiva pela UFSCar, Psicologa pela USP/Ribeirão. Atualmente Profa Adjunta do Instituto de Psicologia da UFU - Universidade federal de Uberlândia.

References

Afonso, M. L. A. Como conduzir uma oficina. (2015). In M.L.M. Afonso (Org.), Oficinas em dinâmica de grupo na área da saúde (pp. 283-309). São Paulo: Pearson.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70.

Baumgart, F. (2007). Breve história da arte. São Paulo: Martins Fontes.

Bogdan, R., & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto, Portugal: Porto Editora.

Brasil. (2004). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde mental no SUS: Os centros de atenção psicossocial. Disponível em http://www.ccs.saude.gov.br/saude_mental/pdf/SM_Sus.pdf

Coelho, M. O., & Jorge, M. S. B. (2009). Tecnologia das relações como dispositivo do atendimento humanizado na atenção básica à saúde na perspectiva do acesso, do acolhimento e do vínculo. Ciência & Saúde Coletiva, 14(5), 1523-1531. Disponível em http://www.redalyc.org/html/630/63012430023

Delgado, P., Leal, E., & Venâncio, A. (1997). O campo da atenção psicossocial. Anais do 1º Congresso de Saúde Mental do Rio de Janeiro.

Dell’ Acqua, G., & Mezzina, R. (2005). Resposta à crise: Estratégia e intencionalidade da intervenção no serviço psiquiátrico territorial. In P. Amarante (Ed.), Arquivos de saúde mental e atenção psicossocial (pp. 161-194). Rio de Janeiro: Nau.

Gomes, M. C. P. A., & Pinheiro, R. (2005). Acolhimento e vínculo: Práticas de integralidade na gestão do cuidado em saúde em grandes centros urbanos. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 9(17), 287-301. doi https://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832005000200006

Jorge, M. S. B., Pinto, D. M., Quinderé, P. H. D., Pinto, A. G. A., Sousa, F. S. P., & Cavalcante, C. M. (2011). Promoção da saúde mental – Tecnologias do cuidado: Vínculo, acolhimento, co-responsabilização e autonomia. Ciência & Saúde Coletiva, 16(7), 3051-3060. doi https://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011000800005

Lima, E. A. (2004). Oficinas, laboratórios, ateliês, grupos de atividades: Dispositivos para uma clínica atravessada pela criação. In C. M. Costa, & A. C. Figueiredo (Eds.), Oficinas terapêuticas em saúde mental – Sujeito, produção e cidadania (pp. 59-81) (Coleções IPUB). Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria.

Ludermir, A. B., & Melo Filho, D. A. (2002). Condições de vida e estrutura ocupacional associadas a transtornos mentais comuns. Revista de Saúde Pública, 36(2), 213-221. doi https://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102002000200014

Mendonça, T. C. P. (2005). As oficinas na saúde mental: Relato de uma experiência na internação. Psicologia: Ciência e Profissão, 25(4), 626-635. doi https://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932005000400011

Minayo, M. C. S. (2002). Pesquisa social. Teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.

Morais, A. H., Roecker, S., Salvagioni, D. A., & Eler, G. J. (2014). Significado da arteterapia com argila para os pacientes psiquiátricos num hospital de dia. Investigación y Educación en Enfermería, 32(1), 128-138. Disponível em http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-53072014000100015&lng=en&tlng=pt

Moretto, C. C., & Terzis, A. (2010). O sofrimento nas instituições e possibilidades de intervenção grupal. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 62(3), 42-47. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672010000300006&lng=pt&tlng=pt

Pádua, F. H. P., & Morais, M. L. S. (2010). Oficinas expressivas: Uma inclusão de singularidades. Psicologia USP, 21(2), 457-478. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65642010000200012

Pande, M. N. R., & Amarante, P. D. C. (2011). Desafios para os Centros de Atenção Psicossocial como serviços substitutivos: A nova cronicidade em questão. Ciência & Saúde Coletiva, 16(4), 2067-2076. doi https://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232011000400006

Ribeiro, L. A., Sala, A. L., & Oliveira, A. G. (2008). As oficinas terapêuticas nos centros de atenção psicossocial. REME – Revista Mineira de Enfermagem, 12(4), 516-522. Disponível em http://www.reme.org.br/artigo/detalhes/296

Serpa Junior, O. D., Leal, E. M., Louzada, R. C. R., Silva Filho, J. F., & Corley, G. (2007). Including subjectivity in the teaching of Psychopathology. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 3(se). Disponível em http://socialsciences.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832007000100020&lng=en&tlng=en

Silva, M. C. F. (2009). O trabalho suficientemente bom na instituição. Anais do XVIII Congresso Latino-Americano FLAPAG e X Simpósio CEFAS: práticas institucionais na América Latina: casal, família, grupo e comunidade (p. 292), Campinas, SP.

Souza, J. D., Kantorski, L. P., & Mielke, F. B. (2006). Vínculos e redes sociais de indivíduos dependentes de substâncias psicoativas sob tratamento em CAPS AD. SMAD. Revista Eletrônica Saúde Mental, Álcool e Drogas, 2(1), 0-0. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-69762006000100003&lng=pt&tlng=pt

Venancio, A. T. A. (2011). Da colônia agrícola ao hospital-colônia: Configurações para a assistência psiquiátrica no Brasil na primeira metade do século XX. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 18(Suppl.1), 35-52. doi https://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702011000500003

Wiemann, I., & Munhoz, T. N. (2015). Prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados nos usuários do Centro de Referência de Assistência Social de São Lourenço do Sul, RS. Ensaios e Ciências: Biológicas, Agrárias e da Saúde, 19(2), 89-94. Disponível em http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/ensaioeciencia/article/view/3187/2925

Published

2019-02-08

How to Cite

Silva, A. B. R., Assenheimer, S., Rodovalho, A. L. P., Rigobello, T. X., Gonçalves, R. C., & Pegoraro, R. F. (2019). Oficina Expressiva em centro de Atenção Psicossocial: Relato de Experiência de Estágio. Revista Psicologia E Saúde, 11(1), 125–139. https://doi.org/10.20435/pssa.v0i0.677

Issue

Section

Experience reports