Depressão na Gestação e no Pós-Parto e a Responsividade Materna Nesse Contexto
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v9i3.565Palabras clave:
responsividade materna, depressão gestacional, depressão pós-parto, interação mãe-bebê.Resumen
O presente artigo visa à explanação da responsividade materna no contexto da depressão pré- natal e no pós-parto. Estudos apontam que a depressão tem impactos negativos na relação mãe-bebê já no período gestacional e mais gravemente no pós-parto. Esses impactos gerados pela depressão interferem na vinculação segura entre a díade, o que prejudica a responsividade materna e, por sua vez, as respostas de apego do bebê à mãe. Dessa forma, compreender como a responsividade materna se desenvolve nesse contexto pode ser fundamental para assegurar a saúde da díade e, consequentemente, de toda a família. Portanto é essencial que o acompanhamento às gestantes passe a ter um olhar mais humanizado pelos profissionais da saúde através de uma equipe multidisciplinar, que trabalhe não só com os aspectos relacionados à saúde mãe-bebê, mas, inclusive, com os aspectos emocionais da gestante, auxiliando assim na detecção ou prevenção da depressão na gestação e no pós-parto.
Citas
Alvarenga, P., Malhado, S. C. B., & Lins, T. C. S. (2014). O impacto da responsividade materna aos oito meses da criança sobre as práticas de socialização maternas aos 18 meses. Estudos de Psicologia, 19(4), 305-14. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2014000400008
American Psychiatric Association. (2002). DSM-IV-TR - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (4a ed. rev.). Porto Alegre: Artmed.
Baptista, M. N., Baptista, A. S. D. E., & Oliveira, M. G. (2004). Depressão e gênero: Por que as mulheres se deprimem mais que os homens? Temas Psicologia, 7(2), 143-56. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1999000200005&lng=pt&nrm=iso
Barlow, D. H., & Durand, R. M. (2011). Psicopatologia: Uma abordagem integrada. São Paulo: Cengage Learning.
Bennett, H. A., Einarson, A., Taddio, A., Koren, G., & Einarson, T. R. (2004). Prevalence of depression during pregnancy: systematic review. Obstetrics and Gynecology, 103(4), 698-709.
Bornstein, M. H., & Tamis-LeMonda, C. S. (1997). Maternal responsiveness and infant mental abilities: Specific predictive relations. Infant Behavior and Development, 20(3), 283-96.
Borsa, J. C., & Dias, A. C. G. (2004). Relação mãe e bebê: As expectativas e vivências do puerpério. Revista Perspectiva, 28(102), 39-53.
Bowlby, J. (1984). Apego - Apego e perda (Vol. 1). São Paulo: Martins Fontes.
Cantilino, A., Zambaldi, C. F., Sougey, E. B., & Renno Jr., J. (2010). Transtornos psiquiátricos no pós-parto. Revista de Psiquiatria Clínica, 37(6), 288-94 . Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832010000600006&lng=en&nrm=iso. ISSN 0101-6083
Carlesso, J. P. P. (2011). Análise da relação entre depressão materna e índices de risco ao desenvolvimento infantil (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Maria, RS).
Chalhub, A. A. (2004). Padrões comportamentais maternos e desenvolvimento cognitivo de pré-escolares em contexto urbano pobre (Dissertação de Mestrado em Psicologia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia).
Cruz, E. B. S., Simoes, G. L., & Faisal-Cury, A. (2005). Rastreamento da depressão pós-parto em mulheres atendidas pelo Programa de Saúde da Família. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia [online], 27(4), 181-8. Disponível em www.scielo.br/pdf/rbgo/v27n4/a04v27n4.pdf
Eshel, N., Daelmans, B., Mello, M. C., & Martines, J. (2006). Responsive parenting: Interventions and outcomes. Bull World Health Organ, 84(12), 991-8. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2627571/pdf/17242836.pdf
Falcone, V. M., Mäder, C. V. N., Nascimento, C. F. L., Santos, J. M. M., & Nóbrega, F. J. (2005). Atuação multiprofissional e a saúde mental de gestantes. Revista de Saúde Pública, 39(4), 612-8. Disponível em https://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102005000400015
Felix, G. M. A., Gomes, A. P. R., & França, P. S. (2008). Depressão no ciclo gravídico-puerperal. Comunicação em Ciências da Saúde, 19(1), p. 51-60. Disponível em http://www.escs.edu.br/pesquisa/revista/2008Vol19_1art06depressaonocilco.pdf
Ferreira, T., & Abreu-Lima, I. (2008). Responsividade materna: Revisão conceptual e fundamentos para avaliação. Infâncias possíveis, mundos reais: Actas do 1º Congresso Internacional em Estudos da Criança. Braga: Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho. Disponível em http://hdl.handle.net/10216/62399
Field, T. (1995). Infants of depressed mothers. Infant Behavior and Development, 18(1), 1-13.
Field, T. (2002). Prenatal effects of maternal depression. In: S. H. Goodman & I. H. Gotlib. Children of depressed parents (pp. 59-88). Washington, DC: American PsychologicalAssociation.
Holmes, D. S. (1997). Psicologia dos transtornos mentais. (2a ed.). Porto Alegre: Artes Médicas.
Kaplan, H. I., & Sadock, B. J. (1990). Compêndio de Psiquiatria (2a ed.). Porto Alegre: Artes Médicas.
Klaus, M. H., Kennel, J. H., & Klaus, P. (2000). Vínculo: Construindo as bases para um apego seguro e para a independência. Porto Alegre: Artmed.
Lordelo, E. R. (2002). Interação social e responsividade em ambientes doméstico e de creche: cultura e desenvolvimento. Estudos de Psicologia, 7(2), 343-50. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2002000200015&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S1413-294X2002000200015
Lordelo, E. R., Fonseca, A. L., & Araujo, M. L. V. B. (2000). Responsividade do ambiente de desenvolvimento: crenças e práticas como sistema cultural de criação de filhos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13(1), 73-80. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722000000100009&lng=en&nrm=iso
Loreto, V. (2008). Depressão na gravidez: Repercussões no bebê. In: L. M. Atem (Org.). Cuidados no início da vida: Clínica, instituição, pesquisa e metodologia. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Maldonado, M. T. (2002). Psicologia da gravidez – Parto e puerpério (16a ed.). São Paulo: Saraiva.
Murata, M., Lima, M. O. P., Bonadio, I. C., & Tsunechiro, M. A. (2012). Sintomas depressivos em gestantes abrigadas em uma maternidade social. REME – Revista Mineira de Enfermagem,16(2), 194-200. Disponível em http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=BDENF&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=22703&indexSearch=ID
Pereira, P. K., Lovisi, G. M., Lima, L. A., & Legay, L. F. (2010). Complicações obstétricas, eventos estressantes, violência e depressão durante a gravidez em adolescentes atendidas em unidade básica de saúde. Revista de Psiquiatria Clínica, 37(5), 216-22. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rpc/v37n5/a06v37n5.pdf
Pereira, P. K., & Lovisi, G. M. (2008). Prevalência da depressão gestacional e fatores associados. Revista de Psiquiatria Clínica, 35(4), 144-53. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832008000400004
Piccinini, C. A., & Seidl-de-Moura, M. L. (2007). Observando a interação pais bebê-criança: Diferentes abordagens teóricas e metodológicas. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Piccinini, C. A., Gomes, A. G., Moreira, L. E., & Lopes, R. S. (2004) Expectativas e sentimentos da gestante em relação ao seu bebê. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(3), 223-32.
Piccinini, C. A., Marin, A. H., Alvarenga, P., Lopes, R. C. S., & Tudge, J. R. (2007) Responsividade materna em famílias de mães solteiras e famílias nucleares no terceiro mês de vida da criança. Estudos de Psicologia, 12(2), 109-17. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/epsic/v12n2/a02v12n2.pdf
Ribas A. F. P., & Moura, S. M. L. (2004). Responsividade materna e teoria do apego: Uma discussão crítica do papel de estudos transculturais. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17(3), 315-22.
Schmidt, E. B., Piccoloto, N. M., & Müller, M. C. (2005). Depressão pós-parto: Fatores de risco e repercussões no desenvolvimento infantil. Psico USF, 10(1), 61-8.
Schwengber, D., & Piccinini, C. (2003) O impacto da depressão pós-parto para interação mãe-bebê. Estudos de Psicologia, 8(3), 403-11.
Silva, F. C. S., Araújo, T. M., Araújo, M. F. M., Carvalho C. M. L., & Caetano, J. A. (2010) Depressão pós-parto em puérperas: conhecendo interações entre mãe, filho e família. Acta Paulista de Enfermagem, 23 (3), 411-6.
Spitz, R. A. (1979). O primeiro ano de vida: Um estudo psicanalítico do desenvolvimento normal e anômalo das relações objetais. São Paulo: Martins Fontes.
Stern, D. (1997). A constelação da maternidade: O panorama da psicoterapia pais/bebê. Porto Alegre: Artes Médicas.
Tedesco, J. J. A., Quayle, J., & Zugaib, M. (1997). Obstetrícia Psicossomática. São Paulo: Atheneu.
Tostes, N. (2012). Percepção de gestantes acerca da assistência pré-natal, seus sentimentos e expectativas quanto ao preparo para o parto. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília, DF. Disponível em http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/11099/1/2012_NataliaAlmeidaTostes.pdf
Winnicott, D. D. (1999). Privação e delinqüência. São Paulo: Martins Fontes.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.