Caracterização dos casos de HIV/AIDS no município de Irati, PR, no período de 1994 a 2012

Autores/as

  • Emalline Angélica de Paula Santos Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)
  • Gustavo Zambenedetti Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

DOI:

https://doi.org/10.20435/2177-093X-2016-v8-n2(08)

Resumen

A AIDS representa um fenômeno global e bastante complexo, envolvendo aspectos biológicos, psicológicos e sociais. A partir da descoberta do agente causador da AIDS, o HIV, no início da década de 1980, verificou-se sua rápida expansão pelo mundo, primeiramente para as grandes metrópoles e, mais tarde, para os municípios de médio e pequeno porte. Ao longo das três últimas décadas, seu perfil epidemiológico se tornou bastante diversificado, de acordo com cada região. Este estudo buscou investigar as características da epidemia da Aids no município de Irati, PR, no período de 1994 a 2012, levando-se em consideração aspectos como forma de transmissão, faixa etária, proporção homens X mulheres, entre outros. Foi realizada uma pesquisa exploratória, com viés descritivo, através da análise dos prontuários e dados disponíveis no setor de epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Irati, PR. A análise realizada contribui para a identificação de possíveis condições que apontam para vulnerabilidades específicas desse contexto, contribuindo para a formulação de intervenções mais contextualizadas. Indica-se a necessidade de estudos com caráter qualitativo, que possam aprofundar a compreensão da vulnerabilidade à Aids no contexto estudado.

Palavras-chave: AIDS; Interiorização; Saúde coletiva; Serviços de saúde.

Biografía del autor/a

Emalline Angélica de Paula Santos, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Campus Irati, Paraná. Psicóloga do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amcespar).

Gustavo Zambenedetti, Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO)

Doutor em Psicologia Social e Institucional (UFRGS). Professor Adjunto II do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Campus Irati/Paraná.

Citas

Alencar, T. M. D. de, Nemes, M. I. B., & Velloso, M. A. (2008). Transformações da “aids aguda” para a “aids crônica”: percepção corporal e intervenções cirúrgicas entre pessoas vivendo com HIV e aids. Ciência & Saúde Coletiva, 13(6), 1841-1849.

Ayres, J. R. A., França JR, I. F., Calazans, G. J., Saletti Filho, H. C. (2009). O conceito de vulnerabilidade e as práticas de saúde: Novas perspectivas e desafios. In D. Czeresnia, &, C. M. Freitas (Orgs.), Promoção da saúde: Conceitos, reflexões, tendências. (2a ed. rev. ampl.). Rio de Janeiro: Fiocruz.

Brasil. Ministério da Saúde. (2013). Guia orientador para a realização das capacitações para executores e multiplicadores em Teste Rápido para HIV e Sífilis e Aconselhamento em DST/Aids na Atenção Básica para gestantes. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. Ministério da Saúde. (2012). Portaria n. 77, de 12 de janeiro de 2012. Dispõe sobre a realização de testes rápidos, na atenção básica, para a detecção de HIV e sífilis, assim como testes rápidos para outros agravos, no âmbito da atenção pré-natal para gestantes e suas parcerias sexuais.

Brasil. (2012, 7 de julho). Boletim Epidemiológico Aids-DST [versão preliminar], VIII(1). Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2011/50652/boletim_aids_2011_preliminar3_pdf_20265.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. (2001). Manual de Redução de Danos. Brasília: Ministério da Saúde.

Brito, A. M., Castilho, E. A., e Szwarcwald, C. L. (2001, abril). AIDS e infecção pelo HIV no Brasil: Uma epidemia multifacetada. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 34(2), 207-217.

Campos, G. W. S. (2002). Subjetividade e administração de pessoal: Considerações sobre modos de gerenciar trabalho em equipes de saúde. In: E. E. Merhy, & R. Onocko (Orgs.). Agir em saúde: Um desafio para o público (2a ed.). São Paulo: Hucitec, 229-266.

Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas. (2008). Referências técnicas para a atuação do(a) psicólogo(a) nos Programas de DST e Aids. Brasília: Conselho Federal de Psicologia.

França-Junior, I., Doring, M., & Stella, I. M. (2006). Crianças órfãs e vulneráveis pelo HIV no Brasil: Onde estamos e para onde vamos? Rev Saúde Pública, 40(Supl), 23-30.

Gil, A. C. (2007). Como Elaborar Projetos de Pesquisa (4a ed., 9a reimpr.). São Paulo: Atlas.

Grangeiro, A., Escuder, M. M. L.; Pereira, J. C. R. (2012). Late entry into HIV care: Lessons from Brazil, 2003 to 2006. BMC InfectiousDiseases, 12, 99.

Grangeiro, A., Escuder, M. M., Menezes, P. R., Alencar, R., & Castilho, E. A. (2011). Late Entry into HIV Care: Estimated Impact on AIDS Mortality Rates in Brazil, 2003 2006. PlosOne, 6, e14585.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010, 17 de julho). Censo Demográfico de 2010: Resultados preliminares – Irati. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php?codmun=411070

Janeway, C. A. (2000). Imunobiologia: O sistema imunológico na saúde e na doença. (4a ed.). Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

Lo Bianco, A. C., Bastos, A. V. B., Nunes, M. L. T., & Silva, R. C. (1994). Concepções e atividades emergentes na psicologia clínica: implicações para a formação. In Conselho Federal de Psicologia (Org.). Psicólogo brasileiro: Práticas emergentes e desafios para a formação (pp. 7-76). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Marques, M. C. C. (2003). A história de uma epidemia moderna – A emergência política da Aids/HIV no Brasil. São Carlos: RiMa, Maringá: EDUEM.

Moreira, J. O., Romagnoli, R. C., & Neves, E. O. (2007). O surgimento da clínica psicológica: Da prática curativa aos dispositivos de promoção da saúde. Psicol. cienc. prof. 27(4), 608-621.

Programa Conjunto de las Naciones Unidas sobre el VIH/SIDA. (2005). Violaciones de los derechos humanos, estigma y discriminación relacionados con el VIH: Estudios de caso de intervenciones exitosas. Ginebra: ONUSIDA, 75 p. Disponível em http://whqlibdoc.who.int/unaids/2005/9291733784_spa.pdf

Pádua, E. M. M. (2005). Metodologia de Pesquisa: Abordagem teórico-prática (11a ed.). Campinas, SP: Papirus.

Reis, R. K., Santos, C. B., Dantas, R. A. S. & Gir, E. (2011, julho-setembro). Qualidade de vida, aspectos sociodemográficos e de sexualidade de pessoas vivendo com HIV/AIDS. Texto Contexto Enferm., 20(3), 365-75.

Zambenedetti, G., Piccinini, C. A., Sales, A. L. L. F., Paulon, S. M., & Silva, R. A. N. (2014). Psicologia e Análise Institucional: Contribuições para os Processos Formativos dos Agentes Comunitários de Saúde. Psicol. Cienc. Prof, 34(3), 690-703.

Publicado

2016-12-01

Cómo citar

Santos, E. A. de P., & Zambenedetti, G. (2016). Caracterização dos casos de HIV/AIDS no município de Irati, PR, no período de 1994 a 2012. Revista Psicologia E Saúde, 8(2). https://doi.org/10.20435/2177-093X-2016-v8-n2(08)

Número

Sección

Artigos