"Dá até pra fazer poesia": o recurso estético disparando reflexões e potência

Autores/as

  • Carolina Nascimento Dias Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Ana Paula Alves Vieira Universidade Estadual de Maringá
  • Eliane Regina Pereira Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.20435/2177-093X-2016-v8-n2(05)

Resumen

O presente artigo se propõe a apresentar uma experiência de estágio em Psicologia Social eda Saúde com um grupo de jovens em um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS)de uma cidade no interior de Minas Gerais. O encontro do grupo ocorria semanalmente nainstituição e as intervenções das estagiárias aconteciam a partir da psicologia histórico-culturalcom o uso de recursos estéticos, disparadores dos encontros. Analisamos como tais recursosconsistiam em ser mais que disparadores de conversa, mas disparadores de potência. Ao estaremem contato com diversas linguagens artísticas e por meio de conversas geradas a partir de taislinguagens, percebemos que as refl exões originadas levavam à ação, havendo uma tendênciaà mudança a partir de uma intensifi cação na autonomia dos participantes. Percebemos umapossibilidade de grupo como potencializador, sendo um espaço onde vários assuntos abordadoslevam-nos à refl exão e propriamente à ação, tornando-se, assim, uma busca de possibilidadesaté então cristalizadas ou desconhecidas.

Palavras-chave: Psicologia social e da saúde; Recurso estético; Grupo; Juventude; CRAS

Biografía del autor/a

Carolina Nascimento Dias, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia (2014). Atualmente é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (Psicologia como Profissão e Ciência) pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. É membro do grupo de pesquisa Avaliação e Intervenção Psicossocial: Prevenção, Comunidade e Libertação coordenado pela Professora Doutora Raquel Souza Lobo Guzzo.

Ana Paula Alves Vieira, Universidade Estadual de Maringá

Mestranda no Programa de Pós Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Especialização em andamento em Teoria Histórico-Cultural pelo Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Eliane Regina Pereira, Universidade Federal de Uberlândia

Psicóloga pela Universidade do Vale do Itajaí, com mestrado e doutorado em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora Adjunto II, da Universidade Federal de Uberlândia, no Instituto de Psicologia, integrante do Núcleo de Psicologia Preventiva e da Saúde. Atua na área da Psicologia da Saúde, com ênfase em Psicologia Social e nos Processos de Criação em contextos de saúde. Em seu currículo Lattes os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: constituição do sujeito, processos de criação e potência de ação, oficinas estéticas, contextos de saúde, promoção e prevenção em saúde.

Citas

Barros, M. (2003). Memórias inventadas - A infância. São Paulo: Planeta.

Bondía, J. L. (2002, jan./abr.). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, (19), 20-28. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf. Acesso em 25 março 2011.

Brasil. (2004). Política Nacional de Assistência Social. Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Brasília: MDS.

Conselho Federal de Psicologia. (2007). Referência técnica para atuação do(a) psicólogo(a) no CRAS/SUAS. Brasília: CFP.

Chaves, H. P., Maia Filho, O. N., Oliveira, J. C., & Pereira Neto, F. E. (2012). Contribuições de Baruch Espinosa à teoria histórico-cultural. Psicologia em Revista, 18(1), 134-147.

Chaui, M. (1995). Espinosa: Uma filosofia da liberdade. São Paulo: Moderna.

Espinosa, B. (1983). Ética. (M. Chauí, Trad., Coleção Os Pensadores). São Paulo: Abril Cultural.

Freire, P. (2015). Pedagogia do Oprimido (59a ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Lane, S. T. M. (1985). A Psicologia Social e uma nova concepção do homem para a Psicologia. In S. Lane, & W. Codo (Eds.), Psicologia social: O homem em movimento (pp. 11-19). São Paulo, SP: Brasiliense.

Maheirie, K., Hinkel, J., Groff, A. R., Müller, F. L., Gomes, M. A., Gomes, A. (2012). Coletivos e relações estéticas: alguns apontamentos acerca da participação política. In C. Mayorga, L. R. Castro, & M. A. M. Prado (Eds.), Juventude e a experiência da política no contemporâneo (pp. 143-167). Rio de Janeiro: Contra Capa Editora.

Monteiro, R. A. P., & Castro, L. R. (2008). A concepção de cidadania como conjunto de direitos e sua implicação para a cidadania de crianças e jovens. Revista Psicologia Política, 8(16) 271-284.

Vygotski, L. S. (1995). Obras escogidas III. Madrid: Centro de Publicaciones del M.E.C. y Visor Distribuciones.

Vygotski, L. S. (1996). O método instrumental em psicologia. In L. S. Vigotski, Teoria e método em psicologia (pp. 93-101). São Paulo: Martins Fontes.

Vigotski, L. S. (2009). Imaginação e criação na infância: Ensaio psicológico. São Paulo: Ática.

Vigotski, L. S. (2003). Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed.

Zanella, A. V., Lessa, C. T., & Da Ros, S. Z. (2012). Contextos grupais e sujeitos em relação: Contribuições às reflexões sobre grupos sociais. Psicologia, Reflexão e Crítica, 15(1), 211-218.

Publicado

2016-12-01

Cómo citar

Dias, C. N., Vieira, A. P. A., & Pereira, E. R. (2016). "Dá até pra fazer poesia": o recurso estético disparando reflexões e potência. Revista Psicologia E Saúde, 8(2). https://doi.org/10.20435/2177-093X-2016-v8-n2(05)

Número

Sección

Artigos