Interprofissionalidade e Matriciamento na Atenção Básica: Percepções dos Profissionais
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v1i1.1870Palavras-chave:
Sistema Único de Saúde, atenção básica, interprofissionalidade, matriciamentoResumo
Objetivou-se analisar as concepções de profissionais de saúde da Atenção Básica sobre a interprofissionalidade e o matriciamento, bem como os desafios e as potencialidades de sua execução. Realizou-se um estudo com abordagem qualitativa, com 17 profissionais de saúde. Para a coleta de dados, foram criados dois Grupos Focais em ambiente virtual, cujos dados foram analisados segundo a análise de conteúdo. Os resultados indicam que a interprofissionalidade e o matriciamento são práticas com objetivos comuns e orientadas pelo desenvolvimento do trabalho colaborativo e exercício da interdisciplinaridade. A complementaridade dos saberes das diferentes categorias destacou-se como potencialidade, enquanto a sobrecarga de trabalho e o esgotamento das equipes foram pontuados como desafios à realização dessas práticas. Ressalta-se a importância da interprofissionalidade e do matriciamento como ferramentas dialógicas capazes de superar as hierarquias de poder existentes no campo da saúde e a dicotomia entre o aprender e o ensinar.
Referências
Amaral, C. E. M., Torrenté, M. O. N., Torrenté, M., & Moreira, C. P. (2018). Apoio matricial em Saúde Mental na atenção básica: Efeitos na compreensão e manejo por parte de agentes comunitários de saúde. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 22(66), 801–812. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622017.0473 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0473
Backes, D. S., Colomé, J. S., Erdmann, R. H., & Lunardi, V. L. (2011). Grupo focal como técnica de coleta e análise de dados em pesquisas qualitativas. O Mundo da Saúde, 35(4), 438–442. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/grupo_focal_como_tecnica_coleta_analise_dados_pesquisa_qualitativa.pdf DOI: https://doi.org/10.15343/0104-7809.2011354438442
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Canadian Interprofessional Health Collaborativa. (2010). A national interprofissional competence framework. Vancouver: Canadian Interprofessional Health Collaborative.
Cunha, G. T., & Campos, G. W. S. (2011). Apoio matricial e atenção primária em saúde. Saúde e Sociedade, 20(4), 961–970. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902011000400013 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000400013
Dantas, N. F., & Passos, I. C. F. (2018). Apoio matricial em saúde mental no SUS de Belo Horizonte: Perspectivas dos trabalhadores. Trabalho, Educação e Saúde, 16(1), 201–220. http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00097 DOI: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00097
Figueiredo, M. D., & Campos, R. O. (2009). Saúde Mental na atenção básica à saúde de Campinas, SP: Uma rede ou um emaranhado? Ciência & Saúde Coletiva, 14(1), 129–138. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232009000100018 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232009000100018
Fonsêca, G. S., & Junqueira, S. R. (2017). Políticas de reorientação da formação, qualificação e provimento profissional em saúde: Itinerários e interfaces das estratégias indutoras de mudanças. In C. C. Silva Filho, C. A. Garcia Jr, & D. F. Kovaleski (Orgs.), VER-SUS Santa Catarina: Itinerários (trans)formadores em saúde. Copiart.
Freire, P. (2016). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 53ª ed. Paz e Terra.
Iglesias, A., & Avellar, L. Z. (2019). Matriciamento em saúde mental: Práticas e concepções trazidas por equipes de referência, matriciadores e gestores. Ciência & Saúde Coletiva, 24(4), 1247–1254. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018244.05362017 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018244.05362017
Mendes, R., Fernandez, J. C. A., & Sacardo, D. P. (2016). Promoção da saúde e participação: Abordagens e indagações. Saúde em Debate, 40(18), 190–203. http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104-20161080016 DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104-20161080016
Lima, D. K. R. R., & Guimarães, J. (2019). Articulação da Rede de Atenção Psicossocial e continuidade do cuidado em território: Problematizando possíveis relações. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 29(3), e290310. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312019290310 DOI: https://doi.org/10.1590/s0103-73312019290310
Lima, V. V., Ribeiro, E. C. O., Padilha, R. Q., & Mourthé Júnior, C. A. (2018). Desafios na educação de profissionais de saúde: Uma abordagem interdisciplinar e interprofissional. Interface (Botucatu), 22(Supl. 2), 1549–1562. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622017.0722 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0722
Oliveira, M. M., & Campos, G. W. S. (2017). Formação para o Apoio Matricial: Percepção dos profissionais sobre processos de formação. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 27(2), 187–206. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312017000200002 DOI: https://doi.org/10.1590/s0103-73312017000200002
Organização Mundial da Saúde. (2010). Marco para ação em educação interprofissional e prática colaborativa. WHO.
Peduzzi, M., & Agreli, H. F. (2018). Trabalho em equipe e prática colaborativa na Atenção Primária à Saúde. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 22(2), 1525–1534. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622017.0827 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0827
Peduzzi, M., Agreli, H. F., Silva, J. A. M., & Souza, H. S. (2020). Trabalho em equipe: Uma revisita ao conceito e a seus desdobramentos do trabalho interprofissional. Trabalho, Educação e Saúde, 18(1), e0024678. http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00246 DOI: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00246
Pegoraro, R. F., Cassimiro, T. J. L., & Leão, N. C. (2014). Matriciamento em Saúde Mental segundo profissionais da Estratégia da saúde da família. Psicologia em Estudo, 19(4), 621–631. http://dx.doi.org/10.1590/1413-73722348905 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-73722348905
Previato, G. F., & Baldissera, V. D. A. (2018). A comunicação na perspectiva dialógica da prática interprofissional colaborativa em saúde na Atenção Primária à Saúde. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 22(2), 1535–1547. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622017.0647 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0647
Scherer, M. D. A., Pires, D., & Schwartz, Y. (2009). Trabalho coletivo: Um desafio para a gestão em saúde. Revista de Saúde Pública, 43(4), 721–725. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102009000400020 DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000400020
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.