Avaliação da Percepção Médica sobre o Cuidar/Curar para a Saúde Psicossomática
DOI:
https://doi.org/10.20435/pssa.v15i1.2408Palavras-chave:
psicossomática, Psicanálise, MedicinaResumo
A conexão entre a Psicanálise e a Medicina Psicossomática preconiza uma assistência médica de qualidade com vistas à saúde integral do indivíduo. Objetivos: Investigar a perspectiva de médicos quanto aos fatores que influenciam o conceito de saúde psicossomática e se a psicanálise contribui com a medicina. Método: Realizamos um estudo exploratório, descritivo e transversal, com análise qualitativa, por meio de questionários estruturados. Trinta e um médicos de diversas especialidades, do setor público e privado do Estado de São Paulo, participaram do estudo. Os questionários foram enviados e devolvidos por correio eletrônico no período de maio a novembro de 2017. Foram analisados com base na reunião dos dados, de modo a se ter uma descrição geral da amostra. Resultados: Dentre os 31 participantes, pudemos observar diversas especialidades, e a predominante foi a Psiquiatria, seguida de Clínica Médica e Cardiologia, representados em porcentagem. A maior parte dos entrevistados apresentou participação na disciplina de Psicologia Médica durante a sua formação e considera as premissas da psicossomática essenciais para compreender o ser humano de maneira biopsicossocial e desenvolver um elo médico-paciente adequado. Conclusão: Na perspectiva dos entrevistados, os fatores biopsicossociais são vistos como influenciadores na prática médica, independentemente da especialidade. A psicossomática foi considerada noção basal para exercício da medicina.
Referências
Alves, R. (2013). O médico. Papirus Editora.
Aragaki, S. S., & Spink, M. J. P. (2009). Os lugares da psicologia na educação médica. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 13, 85–98. https://www.scielo.br/j/icse/a/V3qcmsQmd4g3rjgssHVQCSN/
Ávila, L. A. (2002). Doenças do corpo, doenças da alma: Investigação psicossomática psicanalítica (3 ed.). Escuta.
Branco Vicente, L. (2005). Psicanálise e psicossomática – Uma revisão. Revista Portuguesa de Psicossomática, 7(1-2). https://www.redalyc.org/pdf/287/28770220.pdf
Caprara, A., & Franco, A. (1999). A relação paciente-médico: Para uma humanização da prática médica. Cadernos de saúde pública, 15 (3), 647–654. https://www.scielo.br/j/csp/a/4DbnYJBFqM3XV5N5px9jL5C/?lang=pt#
Castro, M. G., Andrade, T. M. R., & Muller, M. C. (2006). Conceito mente e corpo através da história. Psicologia em Estudo, 11(1), 39–43. https://www.scielo.br/j/pe/a/SbNh8XMXRgHQRthYPfDRmnJ/abstract/?lang=pt
Ceron, G. G. (2020). As contribuições de Donald Woods Winnicott para a psicossomática. Tempo Psicanalítico, 52(2), 127–54. https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0101-48382020000200006
Cruz, E. M. (2020). Formando médicos da pessoa – O resgate das relações médico-paciente e professor-aluno. Revista Brasileira de Educação Médica, 21, 22–28. https://www.scielo.br/j/rbem/a/dbq4gFmXkttJpcwPNn6msxN/
Cruz, M. Z., & Pereira Júnior, A. (2011). Corpo, mente e emoções: Referenciais teóricos da psicossomática. Simbio-Logias, 4(6), 46–66. https://www.ibb.unesp.br/Home/ensino/departamentos/educacao/revistasimbio-logias/corpo-mente-e-emocoes.pdf
Eksterman, A. J. (1978). O clínico como psicanalista. Contribuições Psicanalíticas à Medicina Psicossomática, 1, [n.p.].
Freud, S. (1996). Quarta lição. Histeria. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad., Vol. 11, pp. 52–59). Imago. (Trabalho original publicado em 1910).
Freud, S. (1996). A dinâmica da transferência. Histeria. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad., Vol. 12, pp. 111–122). Imago. (Trabalho original publicado em 1912).
Groddeck, G. W. (2011). Estudos psicanalíticos sobre a psicossomática. Perspectiva.
Guedes, C. R. (2003). A psicologia médica na Universidade do Estado do Rio de Janeiro: Um estudo de caso. Psicologia & Sociedade, 15, 161–181. https://www.scielo.br/j/psoc/a/y9LtCt83J9TFTgbY6CFC4MJ/abstract/?lang=pt
Guedes, C. R., Rangel, V. M., & Camargo Jr, K. R. (2023). Da medicina psicossomática à psicologia médica: a trajetória teórica e institucional de Julio de Mello Filho. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 29, 181–196. https://www.scielo.br/j/hcsm/a/8KD8kRDv3NtRvkgx7Xpzjfh/
GUERRA, E. L. A. (2014). Manual de pesquisa qualitativa (Desenvolvimento de material didático ou instrucional – Manual para suporte de disciplina EAD). Grupo Ãnima Educação. http://disciplinas.nucleoead.com.br/pdf/anima_tcc/gerais/manuais/manual_quali.pdf
Lown, B. (2008). A arte perdida de curar. Petrópolis.
Marco, M. A. D. (2006). Do modelo biomédico ao modelo biopsicossocial: Um projeto de educação permanente. Revista Brasileira de Educação Médica, 30(1), 60–72. https://www.scielo.br/j/rbem/a/63Ck5wPNn4gxyN39SZfCZsv/?lang=pt
Marcolino, J. A. M., & Cohen, C. J. R. A. M. B. (2008). Sobre a correlação entre a bioética e a psicologia médica. Revista Associação Médica Brasileira, 54(4), 363–368. https://www.scielo.br/j/ramb/a/MnVRnNLMvgyvKVRp5VHqNMd/
McDougall, J. (2013). Teatros do corpo: O psicossoma em psicanálise (3ª ed.). WMF Martins Fontes.
Nascimento Júnior, P. G., & de Macêdo Guimarães, T. M. (2009). A relação médico-paciente e seus aspectos psicodinâmicos. Revista Bioética, 11(1), 101–102. https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/152
Penteado, L. S., Silva, M. L. D., & Gonçalves, D. S. (2022). Relação Médico-Paciente: Uma Visão Psicanalítica. Epitaya E-books, 1(10), 58–69. https://portal.epitaya.com.br/index.php/ebooks/article/view/451
Queiroz, E. F. (2008). O inconsciente é psicossomático. Revista Mal Estar e Subjetividade, 8(4), 911–924. https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1518-61482008000400004&script=sci_abstract
Reis, K. S. D., & Godinho, L. B. R. (2018). Psicossomática: uma visão holística do homem. Cippus, 6(1), 1–14. https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Cippus/article/download/3977/pdf
Rios, I. C., Lopes Junior, A., Kaufman, A., Vieira, J. E., Scanavino, M. d. T., & Oliveira, R. A. D. (2008). A integração das disciplinas de humanidades médicas na Faculdade de Medicina da USP: Um caminho para o ensino. Revista Brasileira de Educação Médica, 32(1), 112-121. https://www.scielo.br/j/rbem/a/vcbG5vFkVcFZZpsQjpwWRtG/
Schimdt, E., Do Valle, D. A., Martins, J. S. C., Borges, J. L., De Souza, L. J., & Ribeiro, U. R. V. D. C. O. (2011). A iatrogenia como desdobramento da relação médico-paciente. Revista Brasileira de Clínica Médica, 9(2), 146–149. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-583357
Schmidt, E., & Mata, G. F. D. (2008). Transferência e iatrogenia na relação médico-paciente. Revista Médica de Minas Gerais, 18(1), 37-40. https://rmmg.org/artigo/detalhes/560
Spitz, R. A. (2013). O primeiro ano de vida (4ª ed.). WMF Martins Fontes.
Tavares, F. M. (2007). Reflexões acerca da iatrogenia e educação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, 31, 180–185. https://www.scielo.br/j/rbem/a/TBkvps84VJnYt49HNh9Df6p/
Tavares, F. M. (2020). As Contribuições da medicina psicossomática à formação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, 29, 64–69. https://www.scielo.br/j/rbem/a/wK6WhQxfng9mNPvhtmf4GGh/
Teixeira, L. C. (2006). Um corpo que dói: Considerações sobre a clínica psicanalítica dos fenômenos psicossomáticos. Latin-American Journal of Fundamental Psychopathology on Line, 6(1), 22–42. https://biblat.unam.mx/hevila/Latinamericanjournaloffundamentalpsychopathology/2006/vol3/no1/2.pdf
Turato, E. R. (2005). Qualitative and quantitative methods in health: definitions, differences and research subjects. Revista Saúde Pública, 39(3), 507–514. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000300025
Winnicott, D. W. (1990). A natureza humana. Imago.
Winnicott, D. W. (2011). Tudo Começa em casa (5ª ed.). WMF Martins Fontes.
Zorzanelli, R. T. (2011). Sobre os diagnósticos das doenças sem explicação médica. Psicologia em estudo, 16(1), 25–31. https://www.scielo.br/j/pe/a/jsTTfg7sbQ8gKX67MwqCnrk/abstract/?lang=pt
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos publicados na Revista Psicologia e Saúde têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
.jpg)
