Propriedades Psicométricas da Versão Brasileira do Battelle Developmental Inventory Screening: Crianças até Dois Anos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v1i1.3002

Palavras-chave:

estudos de avaliação, estudos de validação, desenvolvimento infantil

Resumo

Introdução: O Battelle Developmental Inventory Screening foi adaptado para o Brasil (BDIS-BR), mas suas propriedades psicométricas ainda não foram testadas. O objetivo deste estudo foi investigar evidências psicométricas do BDIS-BR em 282 crianças menores de dois anos. Métodos: A validade baseada na estrutura interna foi verificada adotando-se Modelos de Mokken e validade convergente e concorrente foram verificadas por meio de tendências de idade e comparação com o Teste Denver II. Resultados: O BDIS-BR se mostrou como uma medida unidimensional e o ordenamento empírico dos itens tal qual o original. Quanto à validade convergente e concorrente, os resultados no BDIS-BR apresentam forte associação positiva com a idade das crianças (ρ= 0,92; p = 0,001) e altos índices de concordância com o Teste Denver II (86% a 96%). Conclusão: O BDIS-BR é um instrumento de triagem do desenvolvimento infantil com boas propriedades psicométricas e pode contribuir para a avaliação de crianças brasileiras.

Biografia do Autor

Karolina Alves de Albuquerque, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Pós-doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Docente do Curso de Graduação em Terapia Ocupacional na UFES.

Ana Cristina Barros da Cunha, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Pós-doutorado pela University of Miami, EUA. Doutorado em Psicologia Social e do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Professora titular na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente e pesquisadora de Psicologia Perinatal, do Desenvolvimento e da Parentalidade, no Instituto de Psicologia/Maternidade Escola, UFRJ.

Márcia Leonardi Baldisserotto, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutora em Epidemiologia em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), vinculada à Fundação Oswaldo Cruz(FIOCRUZ). Professora adjunta no Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Pedro Paulo Pires, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutor em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor e supervisor clínico pelo Depto. de Psicometria (UFRJ).

Referências

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. (2014). Critério de Classificação Econômica Brasil 2015(p.1–6).

Albuquerque, K. A. de, & Cunha, A. C. B. (2020). New trends in instruments for child development screening in Brazil: A systematic review. Journal of Human Growth and Development, 30(2), 188–196. https://doi.org/10.7322/jhgd.v30.10366

Albuquerque, K. A., Cunha, A. C. B., & Berkovits, M. D. (2022). Cross-cultural adaptation of the Battelle Development Inventory, for Brazil. Estudos de Psicologia (Campinas), 39, e190170. https://doi.org/10.1590/1982-0275202239e190170

Baghaei, P. (2021). Mokken Scale analysis in language assessment. Waxmann Verlag GMbH.

Darling, J. C., Bamidis, P. D., Burberry, J., & Rudolf, M. C. (2020). The First Thousand Days: Early, integrated and evidence-based approaches to improving child health –Coming to a population near you? Archives of disease in childhood, 105(9), 837–841.

Elbaum, B., Gattamorta, K. A., & Penfield, R. D. (2010). Evaluation of the Battelle Developmental Inventory, 2nd Edition, Screening Test for Use in States’ Child Outcomes Measurement Systems Under the Individuals With Disabilities Education Act. Journal of Early Intervention, 32(4), 255–274.

Febrina, F., Lawalata, V. C. P., & Ramli, Y. (2023). Factors associated with cognitive and communication delay in children aged 0 to 3 years using the Battelle-Developmental Inventory, 2nd edition. Paediatric a Indonesiana, 63(4), 282–289. https://doi.org/10.14238/pi63.4.2023.282-9

Filgueiras, A., Pires, P., Maissonette, S., & Landeira-Fernandez, J. (2013). Psychometric properties of the Brazilian-adapted version of the Ages and Stages Questionnaire in public child daycare centers. Early Human Development, 89(8), 561–576. https://doi.org/10.1016/j.earlhumdev.2013.02.005

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2023). Pessoas com deficiência 2022: PNAD contínua. https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102013_informativo.pdf

Lee, D., Bagnato, S., & Pretti-Frontczak, K. (2016). Utility and Validity of Authentic Assessments and Conventional Tests for International Early Childhood Intervention Purposes: Evidence from U.S. National Social Validity Research. Journal of Intellectual Disability – Diagnosis and Treatment, 3(4), 164–176. https://doi.org/10.6000/2292-2598.2015.03.04.2

Lopez Boo, F., Cubides Mateus, M., & Llonch Sabatés, A. (2020). Initial psychometric properties of the Denver II in a sample from Northeast Brazil. Infant Behavior and Development, 58, 101391. https://doi.org/10.1016/j.infbeh.2019.101391

Macy, M., Bagnato, S. J., Macy, R. S., & Salaway, J. (2015). Conventional Tests and Testing for Early Intervention Eligibility: Is There an Evidence Base? Infants and Young Children, 28(2), 182–204. https://doi.org/10.1097/IYC.0000000000000032

Madaschi, V., Mecca, T. P., Macedo, E. C., & Paula, C. S. (2016). Bayley-III Scales of Infant and Toddler Development: Transcultural Adaptation and Psychometric Properties. Paidéia (Ribeirão Preto), 26(64), 189–197. https://doi.org/10.1590/1982-43272664201606

Morris, A. S., Wakschlag, L., Krogh-Jespersen, S., Fox, N., Planalp, B., Perlman, S. B., Shuffrey, L. C., Smith, B., Lorenzo, N. E., Amso, D., Coles, C. D., & Johnson, S. P. (2020). Principles for Guiding the Selection of Early Childhood Neurodevelopmental Risk and Resilience Measures: HEALthy Brain and Child Development Study as an Exemplar. Adversity and Resilience Science, 1(4), 247–267. https://doi.org/10.1007/s42844-020-00025-3

Munoz-Chereau, B., Ang, L., Dockrell, J., Outhwaite, L., & Heffernan, C. (2021). Measuring early child development across low and middle-income countries: A systematic review. Journal of Early Childhood Research, 19(4), 443–470. https://doi.org/10.1177/1476718X211020031

Newborg, J. (2005). Battelle Developmental Inventory, 2nd edition, Examiner’s Manual (2º ed.). Riverside Publishing.

Papalia, D. E; Martorell, G. (2022). Desenvolvimento humano (14ªed). AMGH.

Peters, W. J., & Matson, J. L. (2020). The Relationship Between Developmental Functioning and Screening Outcome for Autism Spectrum Disorder. Journal of Developmental and Physical Disabilities, 32(2), 293–305. https://doi.org/10.1007/s10882-019-09689-x

Prieto, J. A., Cueto, S., Carballo-Fazanes, A., & Abelairas, C. (2022). Psychomotor development disorders in apparently healthy children and considerations of family evaluation. Journal of Human Sport and Exercise.17(3), 518–527. https://doi.org/10.14198/jhse.2022.173.04

Richardson, K. P. (2010). Use of standardized tests in pediatric practice. In Occupational Therapy for Children (p. 216–243). Mosby.

Romo-Pardo, B., Liendo-Vallejos, S., Vargas-López, G., Rizzoli-Córdoba, A., &Buenrostro-Márquez, G. (2012). Pruebas de tamizaje de neurodesarrollo global para niños menores de 5 años de edad validadas en Estados Unidos y Latinoamérica: Revisión sistemática y análisis comparativo. Boletin Medico del Hospital Infantil de Mexico, 69(6), 450–462.

Rumsey, D. J. (2023). What is r value correlation? Dummies. https://www.dummies.com/article/academics-the-arts/math/statistics/how-to-interpret-a-correlation-coefficient-r-169792/

Sabanathan, S., Wills, B., & Gladstone, M. (2015). Child development assessment tools in low-income and middle-income countries: How can we use them more appropriately? Archives of Disease in Childhood, 100(5), 482–488. https://doi.org/10.1136/archdischild-2014-308114

Santos, J. A. T., Ayupe, K. M. A., Lima, A. L. O., Albuquerque, K. A. de, Morgado, F. F. da R., & Gutierres Filho, P. J. B. (2022). Propriedades psicométricas da versão brasileira do Denver II: Teste de triagem do desenvolvimento. Ciência & Saúde Coletiva, 27, 1097–1106. https://doi.org/10.1590/1413-81232022273.40092020

Van Der Ark, L. A. (2012). New Developments in Mokken Scale Analysis in R. Journal of Statistical Software, 48(5), 1–27. https://doi.org/10.18637/jss.v048.i05

Downloads

Publicado

2025-07-07

Como Citar

Albuquerque, K. A. de, Cunha, A. C. B. da, Baldisserotto, M. L., & Pires, P. P. (2025). Propriedades Psicométricas da Versão Brasileira do Battelle Developmental Inventory Screening: Crianças até Dois Anos. Revista Psicologia E Saúde, 17, e17143002. https://doi.org/10.20435/pssa.v1i1.3002

Edição

Seção

Dossiê: “Avanços e Desafios da Avaliação Psicológica”